quarta-feira, 30 de julho de 2014

Combate à Desertificação


O programa vozes do semiárido recebeu na sexta-feira 20/06 o animador de campo Rafael Cotrim que veio conversar conosco sobre o dia mundial da desertificação, o qual foi comemorado em 17 de junho. A data foi oportuna para sensibilização da opinião pública sobre a necessidade de fomentar a cooperação internacional ao combate dos efeitos da seca, escolhida pela assembleia geral da ONU e 1994.
Rafael nos explicou que o termo desertificação é utilizado para caracterizar a perda da capacidade produtiva dos ecossistemas causada pela atividade humana.
O que acontece é um processo em que o solo de determinados lugares começa a ficar cada vez mais estéril. Isso quer dizer que a terra perde seus nutrientes e a capacidade de fazer nascer qualquer tipo de vegetação.Sem vegetação, as chuvas vão rareando, o solo vai ficando árido e sem vida, e a sobrevivência fica muito difícil. Os moradores, agricultores e pecuaristas geralmente abandonam essas terras e vão procurar outro lugar para viver.
As consequências deste processo geram grandes problemas sociais, econômicos e culturais. Em primeiro lugar, reduz a oferta de alimentos. Além disto, há o custo de recuperação da área ambiental degradada. Do ponto de vista ambiental, a perda de espécies nativas vegetal e animal é uma consequência funesta.
O risco de desertificação atinge 40% da superfície terrestre, considerando regiões urbanas e rurais nesse processo, segundo os climatologistas. A degradação nos vários países subsaarianos varia de 20% a 50% do território.
No Brasil, as áreas suscetíveis à desertificação são as regiões de clima semiárido ou subúmido seco, encontrados no Nordeste brasileiro e norte de Minas Gerais. Situam-se nesta região suscetível 1201 municípios, numa área de 1.130.790,53 km², 710.437,30 km² (62,8 %) de clima semiárido e 420.258,80 km² (37,2 %) de clima subúmidos secos.
As queimadas são um sério agravante desse processo. Frequentemente utilizadas nessas regiões para "limpeza" do solo, as queimadas destroem a microfauna do solo, micro-organismos que interagem e participam de diversos ciclos inorgânicos, como o ciclo do nitrogênio. A destruição desses micro-organismos prejudica a fertilidade do solo e diminui a quantidade de nutrientes disponíveis. As consequências das queimadas permanecem por diversos anos.
Em todo o Brasil, a área suscetível à desertificação abrange 16 % do território nacional e incorpora 11 estados – Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. A região também concentra 85% da pobreza 

Abraços!

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