sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Comissão Municipal de Rio do Antônio avalia ações do Programa Uma Terra e Duas Águas da Divina Providência


A Associação Divina Providência realizou no dia 17 de setembro, na Comunidade Guará em Rio do Antônio, o Encontro Comunitário e Municipal de Avaliação do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), com o apoio do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O encontro reuniu agricultores familiares participantes do P1+2 das comunidades Guará, Curral Velho e Boa Sorte e comissão municipal, além da equipe técnica da entidade, com o objetivo de refletir sobre as ações do P1+2.

Durante a atividade, foi discutido todas as ações desenvolvidas pelo programa no município e, em grupos, os participantes expressaram o que viram, o que ouviram e o que sentiram durante o processo de construção das tecnologias, ressaltando a importância desse programa para as famílias que vivem no Semiárido. Dona Terezinha Dias, do Movimentos de Mulheres Camponesas, destaca a mudança nas comunidades a partir das implementações das tecnologias de produção. “Muitas famílias que antes viviam pelo mundo em busca de renda para o sustento da família, hoje já tem a oportunidade de produzir em suas propriedades”, afirma.

O coordenador do P1+2, Teôneo Lima, ressaltou a importância de valorizar a comissão municipal que tem um papel fundamental na execução dos trabalhos e escolha das comunidades contempladas. A metodologia do Programa Uma Terra e Duas Águas(P1+2) tem como princípio fundamental o reconhecimento das experiências acumuladas pelos agricultores/as, que ao longo dos anos se mostraram como estratégias eficientes de convivência com as adversidades da região. No município de Rio do Antônio foi construído 39 cisternas-enxurrada e 50 cisternas-calçadão. Além disso, está finalizando a construção de 11 barreiros-trincheira e uma barragem subterrânea. 


Por Luciane Barros
Comunicadora Popular
P1+2/MDS

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Divina Providência discute convivência com o Semiárido em encontro de formação

O dom de tua luz me faz canção, dançar Senhor, em mim, em nós”. 
Momento de espiritualidade conduzido pela Irmã Rosania.
Foto: Anselmo Cardoso
Foi com esse sentimento que a Associação Divina Providência realizou no dia 06 de setembro, o III Encontro de Formação entre as equipes técnicas do P1+2/MDS, P1+2/FBB, P1MC, Projeto Mais Água e Projeto Cisternas e diretoria da Entidade. O evento começou com um momento de espiritualidade realizado pela Irmã Rosania, que nos levou a reconhecer a importância do encontro com Deus e também com o outro.

O encontro objetivou a formação para a convivência com o Semiárido, tendo em vista, o repasse do encontro de formação que a ASA Bahia realizou nos dias 19 a 22 de Agosto 2014, em Feira de Santana, com a presença de aproximadamente 60 técnicos de 24 entidades que atuam em várias regiões do estado. Participaram dessa formação os representantes da Divina Providência: Ivo de Jesus e Fabiano Pereira. A ideia central do encontro foi resgatar os princípios da ASA que são os mesmos do início de sua fundação, ou seja, o centro dos trabalhos da ASA é a promoção da família, além de mostrar que o Semiárido é um lugar viável e possível de se viver.

Socialização do tema convivência com o Semiárido.
Foto: Anselmo Cardoso
Durante a exposição, Ivo de Jesus fez uma contextualização do Semiárido destacando toda a transformação que aconteceu nas comunidades rurais nos últimos 15 anos. Ressaltou ainda que a Divina Providência não surgiu para aderi aos projetos da ASA, mas sim, pelo fato de caminhar com os mesmos princípios, tendo em vista, que a Divina já trabalhava com projeto de construção de cidadania, como por exemplo, a Escola Divino Mestre e Rádio Nova Vida. “Como o objetivo dessa formação é reciclar os princípios da ASA, não apresentarei nenhum elemento novo, ou seja, é reviver e resgatar aquilo que deixamos de fazer, simplesmente visando cumprir as metas”, afirma Ivo de Jesus.

Outro momento importante foi a realização de trabalhos em grupos, a partir das expectativas e o diferencial que a entidade traz na execução dos programas de convivência com o Semiárido.

Na oportunidade, Pe. Waldech falou sobre o seu retorno a paróquia de Brumado e ressaltou a importância do trabalho da Associação Divina Providência para as famílias, não só de Brumado, mas de vários municípios da região. “Se algum dia a paróquia de Brumado for perguntada sobre o seu papel social é impossível responder sem falar do trabalho da Divina Providência. No campo social é o trabalho de peso que a paróquia tem”, concluiu.


Por Luciane Barros
Comunicadora Popular
P1+2/MDS




sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Carta do Encontro Nacional de Comunicação da ASA

"Por uma comunicação popular e comunitária no Semiárido"
Gravatá - PE
12/09/2014
             
“Das novas antenas chegam velhas tolices...
A sabedoria ainda é transmitida de boca em boca” - Bertold Brecht

A Articulação Semiárido Brasileiro – ASA, como um espaço de articulação política da sociedade civil organizada, nesses 15 anos de caminhada, vem contribuindo para modificar a imagem estereotipada do Semiárido - comumente associada ao gado morto e terra rachada - por uma imagem de uma região bela, forte, resiliente e cheia de potencialidades.
Essa construção só foi possível graças às experiências acumuladas na ação da rede a partir da democratização da água, do debate sobre as sementes crioulas, sobre a construção do conhecimento, valorização e empoderamento das mulheres, entre outros elementos que fortalecem a perspectiva da convivência com o Semiárido.

É inegável a importância da comunicação nesse contexto, pois ela é responsável por materializar essa imagem, fortalecendo a autoestima dos povos e populações locais, tendo como fonte de inspiração os processos de educação popular já enraizados no Semiárido e multiplicados pelo Programa de Formação e Mobilização Social para Convivência com o Semiárido: P1MC e P1+2.

Para avançar no debate de que comunicação queremos para o Semiárido, a ASA tem realizado momentos de formação, reflexão e construção coletiva de processos para o fortalecimento dessa ação. Nesse sentido, a ASA reuniu comunicadores e comunicadoras populares, assessores e assessoras técnicas, assessores e assessoras pedagógicas, coordenadores e coordenadoras das ASAs estaduais e agricultores e agricultoras no Encontro Nacional de Comunicação, entre os dias 9 e 11 de setembro de 2014, em Gravatá, Pernambuco.

Nosso Encontro teve como pano de fundo a reflexão e alinhamento da rede ASA sobre a necessidade da democratização da comunicação para fortalecer a prática da comunicação popular e comunitária. Essa é a base para a política de comunicação da ASA que está em processo de construção e que se ampara nos princípios políticos que a articulação tem assumido ao longo da sua história.

Reconhecemos e valorizamos os investimentos que a ASA tem feito no sentido de fortalecer a comunicação popular e comunitária nas bases. Os encontros de comunicação, a inclusão dos comunicadores populares nas dinâmicas dos projetos, os intercâmbios, as sistematizações, as produções radiofônicas são resultados desse movimento.

Nesse encontro Nacional de Comunicação da Asa que tem como tema: “Comunicação Popular e Comunitária no Semiárido”, reafirmamos o papel dos comunicadores e comunicadoras populares de possibilitar a apropriação do direito à comunicação pelas famílias que protagonizam uma revolução silenciosa no semiárido brasileiro.

Debatemos que os grandes meios de comunicação, concentrados nas mãos de poucos, estão a serviço de um projeto político que oprime e invisibiliza os povos do semiárido. Por isso acreditamos ser importante a democratização da comunicação, para que os povos do semiárido, com o seu modo de falar, denunciem os conflitos e opressões e anunciem as belezas, culturas e histórias vivenciadas em cada canto do semiárido brasileiro.

A partir destas reflexões, apontamos:

- A necessidade de visibilizar as experiências de comunicação existentes nas diversas comunidades onde ASA atua, para que possam ser intercambiadas e multiplicadas por todo o território Semiárido.

- O nosso desafio é ampliar a nossa participação em espaços onde essas questões são discutidas com outros coletivos e redes, a exemplo do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e dos comitês estaduais, de maneira que possamos retroalimentar o debate e pautar as especificidades do Semiárido.

- É fundamental o maior envolvimento de todos os atores – coordenação executiva estadual, coordenadores/as de projetos, mobilizadores/as, assessores/as das capacitações, pedreiros/as, coordenadores das organizações e todos/as que constroem a ASA no debate e prática da comunicação, compreendendo a centralidade desse direito humano para o acesso aos demais. Concretamente esse entendimento se reflete no fortalecimento das políticas de convivência com as quais trabalhamos e na própria incidência política da articulação na sociedade.


- Para garantir o fluxo de informação, maior compreensão dos processos da ASA e divulgação das ações, acreditamos ser fundamental o reconhecimento do comunicador e comunicadora popular como um ator que faz parte desta construção coletiva.

- As ASAs estaduais precisam incorporar e assumir o debate da comunicação de forma mais efetiva, para além dos produtos e processos operacionais. Acreditamos que a comunicação precisa ser reconhecida como elemento fundamental na garantia de outros direitos e na construção do modelo de desenvolvimento que acreditamos para o semiárido brasileiro.

A caminhada das comunidades, dos povos do semiárido, da ASA nos seus 15 anos, nos motiva e inspira a assumir politicamente a dimensão da Comunicação como um direito humano. Democratizar a comunicação é democratizar o sentido da vida, da luta e resistência das comunidades e dos povos do semiárido. Fortalecer a comunicação é fortalecer o nosso projeto Político de Convivência com o Semiárido.

Gravatá/PE, 11 de setembro de 2014.

ASA 15 ANOS
Ampliando a Resistência
Fortalecendo a Convivência!!

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Encontro Nacional de Comunicação da ASA

Cicília Peruzzo e Neidson Baptista discutem o tema
comunicação popular e comunitária no Semiárido
Acontece de 09 a 11 de setembro em Gravatá-PE, o Encontro Nacional de Comunicação da ASA, envolvendo cerca de 150 pessoas, entre comunicadores/as, coordenações das ASAs estaduais, técnicos/as, assessores/as pedagógicas e convidados/as dos nove estados que compõem a região semiárida.

Com o tema: “Comunicação popular e comunitária no Semiárido”, objetiva fortalecer a rede de comunicação da ASA, estreitando laços entre os estados. O evento iniciou com a apresentação dos estados e as expectativas para os três dias de encontro.

À tarde, Cicília Peruzzo, professora da Universidade Metodista de São Paulo e Neidison Baptista, coordenador executivo da ASA, discutiram sobre a comunicação popular e comunitária, dando ênfase à valorização da cultural local, ou seja, não só fazer a comunicação institucional, mas sim, valorizar aquele que é protagonista.

Segundo Cicília Peruzzo a comunicação pode contribuir para a conquista da cidadania: “A comunicação ajuda na discussão dos problemas locais e na democratização do conhecimento, ou seja, é no coletivo que se constrói o conhecimento”, afirma. Logo após, aconteceu um debate sobre o tema abordado.   Finalizando a programação do primeiro dia, teremos sessão de cinema e debate: Campanha Não troque Seu Voto por Água.

A Associação Divina Providência está representada pelos comunicadores populares: Anselmo Cardoso e Luciane Barros.

Por Luciane Barros
Comunicadora Popular
P1+2/MDS

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Futuras instalações da Rádio Nova Vida

A Rádio Nova Vida FM, emissora legalmente regulamentada através do ato da ANATEL nº 19 de 19 de setembro de 2001 que concedeu o direito de operar em frequência modulada de 87,9 MHZ, em breve estará instalada na sede da Associação Divina Providência, localizada na Praça Monsenhor Fagundes. Com o novo espaço, o alcance será maior, possibilitando que mais pessoas possam ouvir a programação da rádio que é voltada para a informação e formação no campo da cultura, lazer e educação.

Confiram as fotos da construção do novo espaço da rádio:






quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Famílias agricultoras de Brumado e Rio do Antônio trocam experiências na Escola Família Agrícola de Caculé


Agricultores/as trocam experiências com técnicos da Escola Família Agrícola.
Foto: Luciane Barros
Nos dias 03 e 04 de setembro, aconteceram três intercâmbios intermunicipais na Escola Família Agrícola de Caculé, envolvendo famílias agricultoras das comunidades 
Boa Sorte, Guará e Curral Velho, município de Rio do Antônio e Boi Morto, Floresta e Casado, município de Brumado, que conquistaram as tecnologias de produção do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação Semiárido Brasileiro, executado pela Associação Divina Providência.

O intercâmbio é um momento de vivências entre pessoas com o objetivo de passar e receber informações. Essas atividades vêm sendo realizados para permitir a troca de experiências entre famílias agricultoras. Porém, o que os agricultores e agricultoras conhecem em uma localidade, podem ser implantadas em suas propriedades.


Famílias agricultoras ficam encantados com as hortaliças.
Foto: Tatiana Lopes
Seu Antônio Carlos, participante do intercâmbio e morador da comunidade Floresta, ressalta com alegria a beleza cultivadas pelos alunos da escola: “Estou satisfeito e muito emocionado com o que vi essa visita e o que mais me encantou foram os canteiros e pretendo mostrar para as pessoas o que aprendi aqui, fazendo o mesmo em minha propriedade”, afirma.

A agricultora Ana Borges, da comunidade Casado, relata que ao chegar em sua comunidade irá partilhar tudo que vivenciou nesse intercâmbio com sua família e vizinhos. “Conversamos bastante e trocamos muitas experiências, portanto, tenho que partilhar tudo que vi aqui na escola”, destaca a agricultora. 

O P1+2 promove intercâmbios de agricultor para agricultor e deles com os técnicos. O saber popular, somado ao conhecimento técnico geram soluções inovadoras com impactos positivos na vida das famílias. Esses momentos de partilha acontecem entre comunidades, municípios e territórios. 

Rafael Ribeiro explica como prepara a terra para o plantio.
Foto: Luciane Barros

Agricultores/as dos municípios de Brumado e Rio do Antônio  e
equipe técnica da Divina Providência.
Foto: Luciane Barros


Por Luciane Barros
Comunicadora Popular
P1+2/MDS

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Programa Vozes do Semiárido discuti sobre criação de animais e estocagem de alimentos

A convivência com o Semiárido tem confrontado as concepções de combate à seca e possibilitado a constituição de outro olhar sobre as formas de se relacionar com a natureza, aprendendo com ela e abrindo caminhos para oportunidades nas diversas dimensões da vida que não eram sequer sonhadas pelos/as camponeses/as. Conviver com o clima e enfrentar as adversidades da região semiárida tem possibilitado aos povos do sertão viver com mais dignidade.

A criação de pequenos animais no semiárido consiste em uma das principais alternativas de geração de renda para a agricultura familiar dentro de um sistema produtivo diversificado. É uma atividade produtiva que inclui as mulheres, fortalecendo as relações sociais de gênero, e contribui fortemente para a segurança alimentar das famílias. A alimentação dos animais nos períodos de estiagens e principalmente de secas prolongadas é um dos principais problemas enfrentados pelos agricultores familiares dessa região. 

A estocagem de alimentos para os animais é, portanto, imprescindível para uma melhor convivência com o semiárido. E para esclarecer algumas dúvidas sobre a criação de animais e estocagem de alimentos para o período de estiagem, Marlúcio, animador do Projeto Fundação Banco do Brasil, falou no Programa Vozes do Semiárido, sobre as diversas formas de convivência, adotando as medidas fundamentais para que o agricultor/a possa estocar os alimentos para os animais.

Abraços!