No dia 03 de dezembro, em todo o Brasil, militantes da Campanha
Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida sairão às ruas para dizer: não
queremos comida com veneno. Sabemos que o responsável para que Brasil siga
sendo o maior consumidor de agrotóxicos do mundo é o Agronegócio, e todo o
sistema político que o sustenta.
Desde 2008, o Brasil, vem ocupando o lugar de maior consumidor
de agrotóxicos no mundo. Os impactos à saúde pública são amplos porque atingem
vastos territórios e envolvem diferentes grupos populacionais, como
trabalhadores rurais, moradores do entorno de fazendas, além de todos nós que
consumimos alimentos contaminados. Diante desta situação, mais de 100 entidades
nacionais constroem desde 2011 a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e
Pela Vida, que tem o objetivo de sensibilizar a população brasileira para os
riscos que os agrotóxicos representam, e anunciar um novo modelo de produção de
alimentos baseado na Agroecologia.
Entre as principais reivindicações da Campanha, estão a
proibição da prática ineficiente da pulverização aérea (que atinge no máximo
30% do alvo), a exemplo do que ocorre na União Europeia, o banimento de
agrotóxicos já banidos em outros países do mundo (dos 50 agrotóxicos mais
usados no Brasil, 22 já foram proibidos na União Europeia, por exemplo), O fim
das isenções de impostos dadas aos agrotóxicos, a criação de zonas livres de
agrotóxicos e transgênicos, para o livre desenvolvimento da agroecologia e
maior controle para evitar a contaminação da água por agrotóxicos.
No dia 3 de dezembro, lembramos 30 anos da tragédia de Bhopal, na Índia, quando o vazamento de uma fábrica de agrotóxicos da Carbide Union, atual Dow Chemical, provocou a morte imediata de quase 10.000, e outras milhares nos dias seguintes.
Fonte: Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida
ASCOM: Divina Providência
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